Quase um terço
da letra deste hino consiste na repetição de uma frase que afirma o anseio declarado
no título do hino: “Mais perto quero estar, meu Deus de Ti”. Trata-se da emocionante
expressão de um desejo de estar mais intimamente ligado ao Pai e suas hostes angélicas,
tanto na vida quanto na morte.
Não é possível
compreender totalmente este hino sem recordar a história do Sonho de Jacó, relatado
em Gênesis 28:10-22. Jacó, durante uma viagem, adormeceu e colocou sua cabeça sobre
algumas pedras, para descansar ao por-do-sol e sonhou com uma grande estrada
cujo topo tocava nos céus, com anjos subindo e descendo por ela. No topo da
escada, estava o Senhor Deus, que prometeu bênçãos a Jacó e sua família,
assegurando-lhe: “porque te não deixarei” (vers. 15). Surpreso, Jacó acordou no
dia seguinte e fez um altar com as pedras que usara como um travesseiro e
jurou: “O Senhor será meu Deus” (vers. 21).
As figuras de
linguagem que se relacionam especificamente a esta passagem do Velho Testamento
encontram-se no verso dois: “andando triste aqui, na solidão, paz e descanso a mim,
os teus braços dão” e comparam nossa necessidade e nossos anseios com os de
Jacó, quando dormiu, em sua jornada. No vers. 17 de Gên., Jacó disse que aquele
não era outro lugar, senão a casa de Deus (Betel); no verso 4 do hino, (Minhas
aflições deixarei ali), refletem as ações de Jacó, quando tomou as pedras e
construiu um altar ao Senhor, onde derramou suas ofertas; significam que
consagraremos nossas vidas - e até mesmo os pesares - ao Senhor, como Jacó.